Ecopedagogia - A Biodiversidade em foco
Quando objetivamos compreender   melhor o papel da educação centrado nas necessidades humanas, devemos a   princípio estabelecer quais são estas reais necessidades, já que num  contexto  geral, de acordo com os “novos” paradigmas da educação focados  nas últimas  décadas, as estratégias deveriam ser estabelecidas  sobretudo com vistas ao  desenvolvimento tecnológico e científico da  sociedade moderna. Numa análise  mais realista, vimos no que cuminou o  excesso desta preocupação... Criamos  capitalistas cegos, superdotados  em recursos técnicos e desvalidos em  consciência social. Incapazes de  prever que não será possível ao homem  desenvolver, inventar, avançar,  conquistar e enriquecer, se o mesmo homem não  conseguir ser, antes bem  sucedido, na missão de SOBREVIVER...
Fácil de explicar este   raciocínio imperfeito... A preocupação pura em desenvolver autonomia e   criticidade  sempre referente aos fatores  externos, impeliram o  desenvolvimento da capacidade de auto-crítica e da noção  de dependência  eterna...Criamos sim, nos educandos de ontem e depredadores dos   recursos naturais de hoje, uma prepotência cega, que gerou esta falsa  presunção  causadora de tanta destruição... Dependemos sim,  indefinidamente uns dos  outros, e todos dependemos ainda mais de uma  natureza, que apesar de ferida  ainda em lágrimas nos serve.
A biodiversidade, já que   refere-se a variedade de vida no planeta Terra, tem no  Brasil , um  percentual que deveria ser o mais  significativo do mundo, já que abriga  uma quantidade enorme e quase  incalculável  das espécies  	        vegetais, animais e de  microrganismos do mundo. Por que então  apenas deveria ser e não o é??? Apesar  do crescente interesse  internacional pela “megabiodiversidade”  brasileira, sabemos que ela por  si só nãoé  garantia de crescimento econômico, sobretudo porque, este  interesse é muito  mais internacional do que nacional, já que preferimos  levar para fora o  marketing do nosso bom futebol e do carnaval, do que  nos colocarmos no papel de  tutores do que pela natureza nos foi  concedido... Vejam bem, ser “tutor” não é  ser dono, porque dono usa e  abusa, enquanto o “tutor” tem, antes o dever de  cuidar e preservar...  Será que as pseudo “potências mundiais”, diga-se de  passagem, numa  visão também um tanto presunçosa, não estão querendo  aproveitar-se de  nossa negligência para apropriar-se das riquezas que temos e  que não  demonstramos valorizar? O segundo ponto, que define este porque é que,   apesar dos números em espécies darem a falsa impressão de abundância,  muitas  dessas espécies encontram-se em populações reduzidíssimas,  devido a fatores  como o desmatamento e a conseqüente perda de habitat  natural. Muitos dos danos  causados são irreparáveis e absolutamente  irreversíveis.
A Ecopedagogia  pretende unir ecologistas  e educadores numa visão em comum, a de  salvar a vida na Terra... Partindo para  uma campanha, não territorial,  mas de cunho global, pelo desenvolvimento  sustentável.
Ensine  o aluno de hoje, a mover recursos para salvar o mundo de amanhã!
Autoria : Elaine  Cristina Trigo Malta - Palestrante e Educadora.




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